Federação internacional critica clássicos elétricos: "não é mais histórico"
(SÃO PAULO) – Há décadas carros clássicos têm seus motores a combustão substituídos por sistemas elétricos. Mas, tais conversões ganharam certa evidência depois que a Jaguar apresentou o E-Type Zero, em 2017. A partir daí, a lista de montadoras envolvidas nessa espécie de troca de sexo só aumentou: Mini, Renault, Aston Martin e Volkswagen também embarcaram no que parece ser uma estratégia de recorrer a legados históricos para promover a tecnologia que determinará o futuro do automóvel.
Pois a Fédération Internationale des Véhicules Anciens, entidade máxima do antigomobilismo, não tem gostado da ideia. Na última semana, soltou um comunicado reconhecendo as razões que levam às conversões, mas também contestando o valor histórico de antigos movidos por qualquer outra coisa que não um motor a combustão.
"A Federação Internacional de Veículos Antigos entende a motivação de alguns proprietários ao eletrificar seus veículos, e reconhece que, sujeito a legislação e regulamentos, toda modificação é uma escolha pessoal. No entanto, como uma organização dedicada à preservação, proteção e promoção de veículos históricos, não pode promover aos proprietários ou reguladores o uso de componentes modernos de eletrificação para substituir o trem de força de um veículo histórico", justifica-se.
Para não restar dúvida, crava: "a conversão de um motor original a combustão para um elétrico não está de acordo com a definição do que é um veículo histórico para a FIVA. Na visão da entidade, veículos assim convertidos deixam de ser históricos".
E reforça que, para ser legalmente um veículo histórico, é preciso ter propulsão mecânica, ter ao menos 30 anos, estar preservado em sua correta condição histórica e não ser usado como transporte diário.
"Não é, em nossa opinião, a forma ou o estilo de um veículo que o torna" histórico ", mas a maneira pela qual todo o veículo foi construído e fabricado em sua forma original", conclui Tiddo Brester, vice-presidente de legislação da FIVA, fundada em 1966 e hoje com 2 milhões de membros em 65 países do mundo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.