Leilão de Araxá teve de Gol por R$ 12 mil a picape Chevrolet por R$ 120 mil
(ARAXÁ) – Além da exposição de clássicos, o encontro de Araxá – cujo nome oficial nesta 23a edição é Brazil Classics Renault Show – também promoveu seu tradicional leilão. Faço aqui um recorte sobre os veículos nacionais arrematados pelos maiores e menores valores.
O mais caro deles foi uma Chevrolet 3100 "Marta Rocha" 1956, vendida por R$ 120 mil. Segundo o anunciante, a picape foi restaurada, mantém mecânica original, caçamba e para-lamas idem e seu interior foi refeito guardando o padrão original. De quebra, traz seu ano de fabricação na placa (preta, obviamente).
Na sequência vem uma Kombi Standard 1968, arrematada por R$ 91.000, que desde sempre pertencera ao convento mineiro Santo Antônio de Pádua. Era usada apenas internamente e em raras viagens, o que explica a pintura 100% original e os 28.000 quilômetros rodados.
"Veículo restaurado no mais alto padrão de originalidade, câmbio e motor 1.600 cm3 totalmente revisados. Possui as duas plaquetas de identificação de fábrica, macaco e vidros originais, além de interior refeito seguindo à risca os padrões originais e com rádio de época", relata a descrição do Karmann-Ghia 1971, arrematado por R$ 81.000.
Opalas estão em alta, daí um Comodoro 1977 (seis cilindros) bater os R$ 60 mil. Quase o mesmo valor do Gol GT 1986 vendido por R$ 62 mil, que nunca passou por restauração e ainda carrega faróis, lanternas e vidros originais.
As pechinchas também apareceram no leilão de Araxá. Um Fiat City Pick-up 1987 por R$ 15 mil é algo a considerar, como bem considerou o comprador da simpática picape em "bom estado de conservação, com alto índice de originalidade".
Mesmo valor um lojista de São Paulo mandou no Ford Versailles Ghia 1993, cujo primeiro proprietário foi Arno Henrique Berwanger (1927-1997), conhecido como "Rei do Galaxie". O empresário gaúcho (dono de uma concessionária Ford em Novo Hamburgo) montou o Museu do Galaxie, em 1988, e chegou a ter 22 modelos, entre eles um Landau 1983 com 10 quilômetros rodados. Quando não queria rodar com o gigante de 5,3 metros de comprimento e 2 de largura, montava no mais prático e econômico Versailles.
Me pareceram outros bons negócios um Fusca 1978 por R$ 14 mil e um Corcel I Luxo, 1976, que saiu por R$ 13 mil. O compacto da Ford teve apenas três donos até aqui, cuidadosos e sensíveis o bastante para guardar a nota fiscal da compra do carro, que vai de brinde.
O mais barato, enfim, foi um Gol BX 1983, com motor boxer refrigerado a ar, "unrestored", arrematado por R$ 12 mil.
E como funciona esse negócio de leilão, afinal?
Tal um desfile de moda, os carros se exibem para uma plateia. Há os que estão ali pela diversão e os que buscam bons negócios – ou simplesmente um clássico pra chamar de seu. Só quem se inscreveu previamente pode dar lances. Quem der o maior lance acima do valor de reserva (o preço mínimo pela qual o vendedor aceita vender o carro), leva.
"O leilão aproxima vendedores e compradores, que eventualmente não comprariam pela internet e ali podem fazer uma vistoria presencial do produto. E há a tranquilidade da documentação, pois somente vão a leilão carros livres de processos judicias", explica José Paulo Parra, da Talladega Motors, responsável pelo leilão de Araxá – o último de 2018.
Viagem a convite da Renault.
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