(SÃO PAULO) – Um carrinho bem simpático da Fiat foi o Oggi, versão sedã do Spazio, este sucessor do 147. Teve inclusive a versão CSS, esportivada e limitada a aproximadamente 300 unidades. Pena que durou pouco: lançado em 1983, o Oggi foi substituído pelo Prêmio em 1985.

Março de 1985, sendo mais preciso.

Sua base era o Uno, modelo mundial da Fiat lançado na Itália em 1983 e produzido no Brasil a partir de 1984 – quando foi eleito carro do ano na Europa. Muito por conta de suas inovações na categoria. E o Prêmio não ficou atrás.

Ambos, Uno e Prêmio, foram os primeiros nacionais com computador de bordo, que nesses carros apresentava velocidade e consumo médios e autonomia. Coube ao sedã estrear por aqui o motor 1.5 Sevel, com 71,4 cv de potência e torque de 12,3 kgfm (etanol), alcançando o mesmo desempenho do Uno Sx, mesmo sendo o sedã 13 kg mais pesado.

Esse motor ainda foi parar na Elba e nos esportivos Uno 1.5R (aqui com mais empolgantes 86 cv) e Uno 1.6R (88 cv). Em 1992, já reestilizado, o Prêmio recebia injeção eletrônica monoponto. 

Quem já entrou em um – meu pai teve um S, bege, no começo dos anos 1990 – sabe que o Prêmio era bom de espaço interno. O porta-malas era de 530 litros, mais do que muito sedã compacto de hoje comporta.

"Desenvolvido no Brasil, o Fiat Prêmio logo atravessou fronteiras e foi comercializado em países da América Latina e Europa com o nome Duna", relembra a Fiat.

Depois de 10 anos e cerca de 180 mil unidades comercializadas, o Prêmio foi descontinuado. Após um hiato de dois anos, a Fiat voltou ao segmento com o Siena, apresentado em agosto de 1997.