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Festival de Goodwood é meca de clássicos; listamos cinco raridades

Rodrigo Mora

13/07/2019 07h00

Bugatti 57S Atlantic (Imagem: Rodrigo Mora)

(GOODWOOD) – Apenas quatro Bugatti 57 Atlantic foram produzidos. E um deles está ali, sem qualquer cerco, disponível para qualquer um dos visitantes do Goodwood Festival of Speed ver de perto o interior, as seis saídas de escapamento ou os rebites que atravessam os para-lamas, o teto e o capô.

Cada Atlantic era personalizado. O primeiro saiu em 1936, para o banqueiro inglês Victor Rothschild e é conhecido por "Rothschild Atlantic". O segundo ficou com Jean Bugatti, mas o carro desapareceu em 1938 e desde então ninguém sabe do seu destino. O terceiro foi entregue a um francês chamado Jacques Holzschuh, que tempos depois vendeu o carro a um colecionador. Numa colisão contra um trem, o carro fora totalmente destruído. Décadas depois, o "Holzschuh Atlantic" foi restaurado – é ele o carro da foto.

O estilista Ralph Lauren é dono do último Atlantic, finalizado em maio de 1938 e conhecido hoje como "Pope Atlantic".

Volkswagen Kombi 1959 "Swivel Seat" (Imagem: Rodrigo Mora)

Acredita-se que só 11 exemplares da Volkswagen Kombi com assento giratório sobreviveram, e este exemplar pertenceu ao Canadian Royal Mail. O recurso permitia que o motorista entrasse e saísse do carro mais rapidamente, facilitando sua rotina de entregas.

Avions Voisin C28 Aérosport 1936 (Imagem: Rodrigo Mora)

Outro modelo que só teve quatro unidades produzidas foi o francês Avions Voisin C28 Aérosport 1936 – e este é o único sobrevivente. Equipado com um motor 3.0 de seis cilindros e 102 cv e construído em alumínio, custava 92.000 francos franceses, o que lhe tornava acessível apenas a milionários. Seu design incomum o fez popular entre os cineastas, tendo aparecido em dois filmes: Sahara, de 2005, e Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, de 2008.

Aston Martin DB4 GT Zagato (Imagem: Rodrigo Mora)

Dezenove unidades do Aston Martin DB4 Zagato foram produzidas, e só sete com o volante do lado esquerdo. Este exemplar foi construído especificamente para Elio Zagato, filho do fundador da empresa de design. O motor é um seis-cilindros de 4,7 litros e 400 cv, parceiro de um câmbio manual de quatro marchas e tração é traseira. 

Aston Martin V8 Zagato Volante 1990 (Imagem: Rodrigo Mora)

O plano original era lançar 57 unidades do Aston Martin V8 Zagato cupê, mas tal foi a demanda pelo modelo que a marca inglesa decidiu produzir mais 37 exemplares na versão Volante (conversível), o que deixou os compradores do modelo fechado um tanto irritados.

 

Viagem feita a convite da Porsche do Brasil. 

 

 

 

 

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Sobre o autor

Rodrigo não Mora apenas nos Clássicos. Em sua trajetória no jornalismo automotivo, já passou por Auto+, iG, G1, Folha de S. Paulo e A Tarde - sempre em busca do que os carros têm a dizer. Hoje, reúne todos - clássicos e novos - nas páginas das revistas Carbono UOMO e Ahead Mag e no seu Instagram, @moranoscarros.

Sobre o blog

O blog Mora nos Clássicos contará as grandes histórias sobre as pessoas e os carros do universo antigo mobilista. Nesse percurso, visitará museus, eventos e encontros de automóveis antigos - com um pouco de sorte, dirigirá alguns deles também.