Conheça cinco Ferraris exclusivas que quase ninguém sabe que existiram
(SÃO PAULO) – Ferraris já são exclusivas por definição. Mas algumas feitas exclusivamente para determinados fins ou clientes, são ainda mais.
Ferrari 330 GTS Targa by Harrah
Revelada no Salão de Paris de 1966, a 330 GTS já era rara por natureza, pois apenas 100 foram produzidas. Mas a vigésima teve um destino ainda mais exclusivo quando saiu da linha de montagem, em janeiro de 1968. Seu proprietário – o empresário norte-americano William Fisk Harrah, dono de uma concessionária Ferrari e magnata dos casinos – converteu o conversível em targa, pois a esposa, destinatária do presente, preferia carros do tipo.
Há quem diga que a invencionice de Harrah inspirou a Ferrari a produzir 20 unidades iguais, mas como a 330 GTS se aproximava do fim do ciclo, a marca desistiu – adotando a ideia posteriormente na Dino 246 GTS e na F355 GTS.
Fato é que um inesperado divórcio levou Harrah a vender o carro, que foi parar na coleção de um amigo. Quando este morreu, em 2010, a 330 GTS foi novamente vendida e, em 2015, o novo proprietário desfez a conversão. Novamente original, bateu US$ 3,3 milhões em leilão da Mecum Auctions naquele mesmo ano. Em 2016 foi mais uma vez a leilão, agora pela Gooding & Company, quando alcançou US$ 2.502.500.
Ferrari 330 GTC by Zagato
Este exemplar chegou aos EUA em 1967 e, em 1972, após sofrer pequenos danos na dianteira quando já estava nas mãos do segundo proprietário, voltou para Luigi Chinetti (primeiro revendedor oficial da Ferrari nos EUA) para reparos. Chinetti então mandou o carro de volta à Itália e aproveitou para dar uma modificada no estilo – o que coube à Carrozzeria Zagato. Removeu-se então a carroceria desenhada por Pininfarina.
Com um estilo totalmente distinto, com linhas angulares e teto do tipo targa, o esportivo apareceu no Salão de Genebra de 1974, no estande da Zagato. Depois de passar por inúmeras publicações, livros e artigos, o modelo voltou a aparecer na edição de 1996 do Pebble Beach Concours d'Elegance. Atualmente, pertence a um colecionador alemão.
330 GT 2+2 Navarro Special
Talvez a menos previsível das Ferrari, a 330 GT 2+2 Navarro Special, cujo sobrenome vem de Norbert Navarro, nasceu em1966. Três anos depois, o empresário do ramo de boates comprou o esportivo do primeiro proprietário e pensou como poderia torna-lo mais exclusivo.
Para isso ele contou com a ajuda de Piero Drogo, um ex-piloto que tornou-se construtor de automóveis e fundou a Carrozzeria Sports Cars. Na época, Drogo já tinha alguma fama pela Itália por suas conversões de modelos como as 250 GT, 250 LM e, talvez a mais famosa delas, a 250 GT SWB "Breadvan". Assim nasceu a involuntária antecessora da FF.
Praticamente só sobrou o motor V12 de 300 cv. Exceto portas e teto, todos os demais painéis da carroceria original se foram. O mais impressionante é a traseira, que tenta chegar no estilo de uma shooting brake – ou de um cupê alongada, quem sabe.
Ferrari Rossa by Pininfarina
Era uma vez uma 550 Maranello, que depois de tocada pela varinha de condão da Pininfarina virou um roadster. Criado para comemorar o 70º aniversário da casa de design, o esportivo é um conceito, e por isso não pode rodar em vias públicas. A Pininfarina não apenas mudou a forma e o estilo do 550 Maranello, mas também modificou o interior para dar um ar retrô ao modelo.
Acredita-se que seu paradeiro hoje é a garagem de um colecionador de Ferraris.
Ferrari NART 365 GTB/4 Spider Competizione Michelotti
Para explicar este modelo, é preciso antes apresentar Luigi Chinetti (1901 – 1994): nascido na Itália, emigrou para os EUA durante a Segunda Guerra Mundial, onde por muito tempo foi o importador exclusivo da Ferrari. Sua relação era tão íntima com a marca que o também piloto – que disputou as 24 Horas de Le Mans nada menos do que 12 vezes – criou a North American Racing Team, equipe formada para promover a Ferrari por lá e de muito sucesso nos anos 1970.
Quatro 365 GTB/4 Spiders foram redesenhadas por Giovanni Michelotti (1921 – 1980) a pedido da NART. Este foi criado em 1975 com o único objetivo de vencer as 24 Horas de Le Mans. Tinha teto ao estilo targa, o que chamou bastante atenção dos visitantes do Salão de Genebra daquele ano, onde o esportivo fora exposto pela primeira vez.
Chinetti chegou a Le Mans em 1975 com outros três carros além deste. Contudo, decepcionado com uma desclassificação supostamente injusta, Chinetti retirou todos os carros da competição.
Depois de passar pelas mãos de alguns colecionadores, hoje o carro reside na França – onde não disputa mais corridas, mas sai da garagem para passeios mais tranquilos.
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