Clube recria Caravana da Integração Nacional e quer Bolsonaro em vaga de JK
(SÃO PAULO) – Fevereiro de 1960 começava quando a Caravana da Integração Nacional chegou a Brasília, que seria inaugurada em 21 de abril. Procedentes dos quatro cantos do Brasil, 130 veículos invadiram aquela que se tornava a capital do país para celebrar a era de progresso e desenvolvimento que se avizinhava.
Nova também era a indústria automotiva brasileira. Por isso, só modelos nacionais puderam participar: Romi-Isetta, Jeep Willys, Rural Willys, Kombi, Fusca, Simca Chambord, Toyota Land Cruiser, os DKWs e também alguns caminhões Mercedes, FNM, Chevrolet e Scania.
Algumas caravanas rodaram cerca de 2,2 mil quilômetros por estradas ainda inacabadas, como a que veio do Norte pela então inóspita Belém-Brasília – a expansão da malha rodoviária também era motivo de celebração. A caravana de São Paulo se destacou pelas 25 Romi-Isettas desbravadoras, que não se apequenaram diante de carros e caminhões maiores e mais potentes. Uma delas viveu o ápice do evento quando recebeu o então Presidente da República Juscelino Kubitschek para o desfile triunfal pela Esplanada dos Ministérios.
Sessenta anos depois, a Caravana da Integração Nacional se repetirá com Jair Bolsonaro imitando os gestos de JK. Ao menos é isso que planeja o Veteran Car Brasília, idealizador do evento.
"Entregamos o plano da II Caravana da Integração Nacional no gabinete do presidente e pessoalmente ao deputado Eduardo Bolsonaro, e ambos foram muito simpáticos ao projeto. Mas existe toda uma situação de segurança que envolve o Gabinete de Segurança Institucional, portanto estamos no aguardo", explica Bernardo de Barros, que faz parte do clube de carros antigos fundado em 1983 e filiado à Federação Brasileira de Veículos Antigos.
A FBVA, inclusive, confirma que Bolsonaro já sabe do evento e considera ir. "Há uma viagem programada ao exterior no dia 21 de abril, então o desfile poderia contar com ele ou o General Mourão, caso a viagem seja cancelada por conta do Coronavírus", diz uma fonte da entidade máxima do antigomobilismo.
Até a publicação desta matéria, o evento não consta na agenda da Presidência. O único documento existente por ora é uma carta de apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
Serão reeditadas as caravanas oriundas das cidades originais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Cuiabá e Porto Alegre). Por enquanto, a caravana mais longíqua será a gaúcha, que ao longo do trajeto vai agrupando participantes de cidades de Santa Catarina e Paraná. São estimados ao menos 300 clássicos, segundo Barros. Um site foi criado pelo clube para receber inscrições.
Na primeira edição, a Caravana desembocou em Brasília dois meses antes da sua inauguração. Nesta segunda jornada, os aventureiros devem chegar à cidade até 17 de abril, para que de 18 a 20 se enfileirem no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. No dia 21, Jair Bolsonaro deve repetir o gesto de JK, desfilando pela Esplanada dos Ministérios a bordo de um Romi-Isetta.
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