Para Volkswagen, Kombi elétrica "abre janelas para o futuro dos clássicos"
(SÃO PAULO) – Depois de eletrificar um Fusca e apresentá-lo durante o Salão de Frankfurt, a Volkswagen cumpriu a promessa de criar uma Kombi elétrica. Batizada de e-Bulli, será revelada oficialmente no próximo dia 25 na Techno Classica (em Essen, na Alemanha), um dos maiores eventos de veículos antigos do mundo.
"Em cidades como Paris ou Londres, está se tornando cada vez mais complicado e às vezes mais caro dirigir um clássico devido a restrições. Em geral, mais pessoas têm desejado um transporte elétrico, novo ou clássico. Mistura entre uma base histórica e uma tecnologia de propulsão elétrica, a e-Bulli visa abrir uma janela para o futuro dos clássicos", explica a divisão de veículos comerciais da Volkswagen.
Que não é a única a espetar um motor elétrico em um clássico recentemente: Mini, Jaguar, Aston Martin e Renault já fizeram o que para alguns é solução, para outros é heresia. A Fédération Internationale des Véhicules Anciens, entidade máxima do antigomobilismo no mundo, está no segundo grupo.
Baseado em uma Transporter 1 Samba Bus de 1966, a van usa um chassi "mais moderno e seguro" e "propulsão e baterias que consistem em uma série de componentes dos mais recentes Volkswagens elétricos", resume a marca, que deve revelar potência, autonomia e mais detalhes técnicos (além de mais fotos) apenas na Techno Classica.
Por fora, destaque para os faróis em LED. Na cabine, segundo a marca, há madeira e couro como revestimentos do assoalho e dos bancos, e um novo seletor de marchas substitui a longa alavanca de câmbio.
Contudo, esta não é a primeira Kombi elétrica.
Em 1970, a Volkswagen criou um departamento para experimentar a mobilidade elétrica. Dois anos depois, seu primeiro veículo movido a eletricidade ganhou vida: uma Kombi da segunda geração (T2), que na sequência se multiplicou em uma pequena produção de modelos não apenas naquela configuração de van, mas também na de transporte de pessoas e picape.
Não eram vendidos ao público, entretanto. Órgãos governamentais eram além de clientes parceiros naquela fase de testes. Um deles foi a cidade de Berlim, que teve sete unidades a seu serviço. No distrito de Tiergarten, chegou a ser construído um ponto de troca da bateria – em apenas cinco minutos, substituía-se a vazia por uma cheia, bastando puxar uma e engatar a outra, como se fossem gavetas sob o assoalho. Mas havia também a possibilidade de recarregá-las, como mostra o conector perto da lanterna.
Mesmo com o sobrepeso das baterias, sua capacidade de carga chegava a 800 kg. O motor de 16 kW (o equivalente a 23 cv), com picos de 32 kW (45 cv), levava aquela Kombi de 2.170 kg aos 75 km/h de velocidade máxima. Nada mau para um veículo de carga. O torque de 16 kgfm também não era ruim, e melhor ainda eram os 85 km de autonomia. E o sistema de recuperação da energia dissipada dos freios, que parece coisa nova, já era de série na agora cinquentenária Kombi.
"Mas durante décadas não havia tecnologia de bateria realmente prática. Hoje é diferente", explica a Volkswagen porque não foi adiante com o projeto.
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