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Mora nos Clássicos

Cinco sedãs médios esportivos que abriram caminho para o Jetta GLI

Rodrigo Mora

08/06/2019 07h00

(SÃO PAULO) – Sedãs médios com apelo esportivo – dinâmico ou apenas visual – são uma receita infalível. Com a chegada do Volkswagen Jetta GLI, o segmento volta a ter um representante, embalado por um legado de respeito.

Fiat Tempra Stile

Produzido entre 1994 e 1995, o sedã era equipado com um motor 2.0 turbo, de 165 cv e 26,5 kgfm de torque, acoplado a um câmbio manual de cinco marchas. Com máxima de 220 km/h e aceleração até os 100 km/h em 8,2 segundos, foi o carro mais rápido do Brasil naqueles tempos.

Porém, um sedã de duas portas já não fazia sucesso como nos anos 1970 ou 1980, e logo a versão Turbo abriu caminho para a Stile, que levava a mesma configuração mecânica para um carro de quatro portas. Em 1998, o Tempra Stile sai de cena para a chegada do Marea Turbo, que era ainda mais poderoso: 182 cv e 227 km/h de velocidade máxima.

(Imagem: divulgação)

Chrysler Esplanada GTX

Apresentado em 1966, o Esplanada era a sucessão do Simca Chambord, mas com logotipo da Chrysler, que havia recém adquirido a Societé Industrielle de Mécanique et Carrosserie Automobile. A versão GTX foi lançada em 1968, como modelo 1969. 

Nela, o câmbio manual saía da coluna e ia para o assoalho, como convém a um esportivo – que de esportivo tinha mais a aparência do que o desempenho, pois seu 2.4 V8 rendia tímidos 130 cv. Cerca de 670 unidades foram produzidas, e por isso é raro ver um desses, mesmo em encontro de carros antigos.

(Imagem: divulgação)

Chevrolet Vectra GSi

A Chevrolet já tinha no currículo o Opala SS (entre outros esportivos) quando lançou o Vectra GSi, no final de 1993. Um dos carros mais modernos da época, o sedã levava motor 2.0 16V de 150 cv e 20 kgfm de torque e tinha coeficiente aerodinâmico de 0,29 Cx. Além do motor mais potente, o câmbio manual tinha relações mais curtas do que o das versões GLS e CD.

Discreto, o Vectra GSi se diferenciava pelas rodas (aro 15) de desenho exclusivo e um modestos apêndices aerodinâmicos nas laterais e na tampa do porta-malas. No interior, o volante de quatro raios entregava a esportividade do modelo. Que durou pouco, pois a segunda geração do Vectra estreou em 1996 – sem a versão GSi.

(Imagem: divulgação)

Alfa Romeo 2300 ti 4 

Projetado exclusivamente para o mercado brasileiro, era equipado com um motor longitudinal de 2,3 litros e quatro cilindros, que gerava 130 cv e 19 kgfm de torque. Se a potência não era tão empolgante, o câmbio manual de cinco marchas bem ajustado e a dinâmica do modelo correspondiam à fama de esportividade dos Alfas.

Bom acabamento, espaço interno farto e estilo também eram predicados do sedã, que no seu tempo chegou a ser o carro mais caro do Brasil – se fosse vendido hoje, custaria cerca de R$ 250 mil. É raro ver um por aí, já que sua vida foi curta, indo de 1980 a 1986.

(Imagem: divulgação)

Honda Civic Si

Os números da oitava geração do Civic Si não impressionavam no papel: 192 cv e 19,2 kgfm de torque. Mas não houve sedã médio mais cobiçado por entusiastas entre 2007 e meados de 2011, quando deixou de ser fabricado.

A questão não era quanto, mas como: o motor "girava" linear até 7.000 rpm e, quando parecia não haver mais fôlego, um coice surgia até as 7.800 rpm, que então te obrigava a trocar rapidamente uma das seis marchas de um câmbio manual de engates curtos e precisos. 

(Imagem: divulgação)

Sobre o autor

Rodrigo não Mora apenas nos Clássicos. Em sua trajetória no jornalismo automotivo, já passou por Auto+, iG, G1, Folha de S. Paulo e A Tarde - sempre em busca do que os carros têm a dizer. Hoje, reúne todos - clássicos e novos - nas páginas das revistas Carbono UOMO e Ahead Mag e no seu Instagram, @moranoscarros.

Sobre o blog

O blog Mora nos Clássicos contará as grandes histórias sobre as pessoas e os carros do universo antigo mobilista. Nesse percurso, visitará museus, eventos e encontros de automóveis antigos - com um pouco de sorte, dirigirá alguns deles também.