Dia do Mustang: cinco conceitos que não vingaram, e um que veio ao Brasil
(SÃO PAULO) – Há exatos 55 anos, a Ford apresentava o Mustang, em Nova York (EUA). Partindo de US$ 2.368, era o carro compacto, potente e acessível que o jovem norte-americano queria no lugar de modelos caros, luxuosos, excessivamente grandes e lentos. Deu tão certo que em 1966 o Mustang ultrapassou a marca de 1.000.000 de unidades vendidas.
Sua carreira teve altos e baixos, e hoje o Mustang está na sexta geração. E além de sucessos e fracassos, o carro mais icônico da Ford coleciona também alguns protótipos.
Repare na grade deste Mustang esquisitão: não há um Mustang ali, e sim um Cougar. No começo dos anos 1960, a Ford promoveu um concurso de design e o vencedor fora batizado com o nome do felino. No fim das contas, o novo carro teve seu nome inspirado no P-51 Mustang, um avião usado na Segunda Guerra Mundial. Mas o nome Cougar não foi dispensado e virou o pony car da Mercury, divisão da Ford extinta em 2010.
O Mustang ainda tinha poucos meses de vida quando o Shorty Concept III apareceu. Construído por uma empresa especializada em protótipos com aval da Ford, era feito de fibra de vidro, tinha o entre-eixos 40 centímetros mais curto e um V8 de 302 pol³ sob o capô. Como era apenas um exercício de design, sem chances de ser produzido, a Ford mandou destruir o carro.
Vincent Gardner, designer do conceito, não gostou da ideia. "Nem f… vão destruir o único Mustang que desenhei na vida", deve ter pensado, e escondeu o protótipo num armazém alugado. Mas, como Gardner não pagou além do primeiro mês de aluguel, o dono do galpão chamou a polícia.
A Ford já havia dado queixa de roubo e recebido o dinheiro do seguro meses antes, então o nanico Mustang ficou com a seguradora, que tempos mais tarde o vendeu a um funcionário, que depois o vendeu a um colecionador. Em 2015, o Shorty foi a leilão e arrematado por US$ 511 mil.
Um dos conceitos rejeitados pela Ford antes do Mustang final deu origem ao Allegro II, de 1967. Quase nada foi extraído dele, mas é clara a inspiração do Mustang II, de 1974, nos faróis e na grade.
E se houve um Allegro II, é porque existiu um Allegro I.
Em 1993, a Ford apresentou o Mach III Concept, que antecipou as linhas da quarta geração do Mustang, que estreou em 1994. Colocando os dois lado a lado, é fácil notar que um nasceu do outro.
E foi o Mach III Concept uma das estrelas da Ford no Salão de São Paulo de 1994, justamente ao lado do Mustang GT que estrearia no mercado nacional no ano seguinte.
Como seria um pony car do futuro? Segundo Fabrizio Giugiaro, a resposta está neste conceito revelado no Salão de Los Angeles de 2006. A base foi um Mustang de quinta geração, que na imaginação do designer ficaria mais legal com portas tipo "tesoura", teto de vidro e interior retrô.
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