Do Pontiac GTO à prisão por tráfico: DeLorean terá vida contada em filme
Criada em 1978, a DeLorean Motor Company expeliu o primeiro DMC-12 da fábrica em Belfast, na Irlanda do Norte, em 21 de janeiro de 1981. Havia potencial para ir longe: Colin Chapman, o gênio por trás dos Lotus da F-1, foi encarregado do projeto mecânico de um carro desenhado por Giorgetto Giugiaro. Uma empresa foi criada para desenvolver novos materiais de construção.
Mas, logo os problemas surgiram. Produzir a carroceria em aço inoxidável era muito caro, e não demorou até que clientes reclamassem que mantê-la limpa era quase impossível. As portas ao estilo "asa de gaivota" eram pesadas e o que as mantinha abertas era um raquítico amortecedor a gás, que nem sempre dava conta da tarefa. O ar-condicionado era um defeito crítico do DMC-12, e as pequenas janelas deixavam o interior ainda mais quente. O motor era um 2.8 V6 de magrelos 145 cv, que Peugeot, Renault e Volvo se juntaram para fazer em meados dos anos 1970.
E ser vendido por US$ 25 mil, quando um Chevrolet Corvette custava US$ 18 mil, certamente não ajudava.
Conforme a DeLorean afundava, aumentava o desespero de John por dar sequência ao seu ambicioso plano. O que o levou a se envolver num esquema de tráfico de cocaína, em 1982, para levantar dinheiro e bancar a empresa. Preso em flagrante, foi solto dois anos depois. Mas o fim do DMC-12 já estava decretado, naquele mesmo ano, após cerca de 8.500 unidades fabricadas.
O DMC-12 seria relegado a apenas mais um fracasso da indústria automotiva se não fosse a trilogia De Volta Para O Futuro, de 1985, que ressuscitou e imortalizou o carro, agora no papel de uma máquina do tempo.
Framing John DeLorean, que estrela Alec Baldwin no papel principal, promete ser mais fiel aos fatos do que Driven, considerado sensacionalista e focado apenas no episódio do contrabando.
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