Coadjuvantes de respeito
(SÃO PAULO) – Todos sabem que foi um engenheiro da Volvo, Nils Bohlin, que inventou o cinto de segurança de três pontos. Alguém se imagina dirigindo sem esse dispositivo, criado em 1959?
Pois não foram apenas marcas famosas que revolucionaram a indústria. Há personagens outrora coadjuvantes, hoje desconhecidas até, que trouxeram ao mundo automotivo soluções essenciais, agora óbvias e indispensáveis.
Veja o caso da francesa Panhard, fundada em 1890. É dela um motor de dois cilindros opostos, refrigerado a ar, um dos mais eficientes do seu tempo. O Type X21, de 1905, era um dos automóveis mais suaves e silenciosos. Em 1948, o Dyna 110 saía de fábrica com motor em alumínio e suspensão independente. Comprada pela Citroën em 1963, morreu em 1967 – dali em diante, apenas sua divisão de veículos blindados sobreviveu.
Já ouviu falar na norte-americana Cord, em atividade entre o fim da década de 1920 e o começo da de 1940? Pois é dela o modelo 810, considerado pelo prestigiado Metropolitan Museum of Art "a maior contribuição dos Estados Unidos ao design de automóveis". E o L-29, de 1929, não tinha túnel central de transmissão.
A inglesa Bristol nasceu como fabricante de aviões e, logo após a Segunda Guerra Mundial, começou a fazer carros. O primeiro foi o 400, seguido do 401, de 1948. Era um carro de luxo e um dos poucos, naquela época, talhado com ajuda de um túnel de vento.
Parece simples, mas nem sempre a seta esteve acoplada às luzes de freio. A ideia veio dos engenheiros da alemã Borgward, que também aplicou ao Hansa 1500 outras soluções até então incomuns, como o assento dianteiro corrido, que podia levar três pessoas.
Centenas de exemplos estão escondidos na história. Marcas nem sempre bem-sucedidas, muitas vezes esquecidas, mas fundamentais para a evolução do automóvel.
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